Espírito Santo de Deus.


O Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado "o Espírito", "o Santo Espírito", "o Espírito de Deus", "o Espírito do Filho de Deus", e o "Consolador".

Na criação / Velho Testamento
O Espírito pairava por sobre as águas (Gn 1.2; Jó 26.13);  foi dado a certos homens para realizarem a sua obra:
Bezalel (Ex 31.2,3), Josué (Nm 27.18), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29), Saul (1Sm 11.6), Davi (1Sm 16.13); foi especialmente manifesto nos profetas (Ez 11.5; Zc 7.12), foi dado para luz dos homens (Pv 1.23), prometido ao Messias (Is 11.2; 42.1), e a "toda a carne" (Jl 2.28).

No Novo Testamento
O Espírito Santo se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3.16;Mc 1.10), e na tentação    (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1); imediatamente depois da tentação (Lc 4.14); e na ocasião em que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de Is 61.1,2 (cp. com 42.1-4). Do mesmo modo fala o Santo Espírito ao velho Simeão dirigindo-o nos seus passos e pensamentos (Lc 2.25-27). O dom do ES é, de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador  (Lc 11.13).

No Evangelho de João
O ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. "Deus é Espírito", com respeito à Sua natureza. A não ser que o homem novamente nasça "da água e do Espírito", ele não pode entrar no reino de Deus (Jo 3.5). O Espírito é dado sem medidas ao Messias (3.34). referindo-se Jesus às promessas messiânicas (Is 44.3; Jl 2.28) falou do Espírito que haviam de receber os que nele cressem" (7.39); porquanto, ainda não tinha sido dado (7.39); mas, na qualidade de consolador, Paracleto, Advogado (14.16,26; 15.26; 16.7; Jo 2.1); Espírito da verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (15.26; 16.13). Ele havia de ser dado aos crentes pelo Pai (14.16), habitando neles e glorificando o Filho (16.14), pelo conhecimento que Dele dava. Em 1Jo 3.24 a 4.13 esta presença íntima do Espírito é um dos dois sinais ou característicos da união com Cristo; e o Espírito, que é a verdade, dá testemunho do Filho (1Jo 5.6).

Nos Atos
A manifestação do Espírito é feita no dia de Pentecoste, e o fato acha-se identificado com o que foi anunciado pelo profeta (2,4,17,18); Ananias e Safira "tentam" o Espírito, pondo à prova a Sua presença na igreja (5.9); o Espírito expressamente  dirige a ação dos apóstolos e evangelistas (1.2; 8.29,39; 10.19; 11.12; 16.7; 21.4);  e inspira Ágabo (11.28).

Nas epistolas de Paulo
A presença do Espírito Santo está claramente determinada (Rm 8.11; 1Co 3.16; 6.17-19). É ele o autor da da fé (1Co 12.3; cp. com 2Co 4.13); no Espírito vivem os homens (Gl 5.25), por Ele são ajudados nas suas fraquezas (Rm 8.26,27), fortalecidos por Ele (Ef 3.16), recebendo Dele dons espirituais (1Co 12), e produzindo frutos como resultado da Sua presença (Gl 5.22). Por meio Dele há a ressurreição dos que crêem em Cristo (Rm 8.11).

Pedro
(1Pe 1.2) escreve acerca da santificação, como sendo obra do Espírito Santo.

No apocalipse
Se vê que João conscientemente é influenciado pelo Espírito (1.10; 4.2); e a mensagem dirigida à sete igrejas é a mensagem do Espírito (2.7,11,17,29).

O Espírito Santo é uma pessoa da Santíssima Trindade, e não simplesmente um método de ação divina ( vejam-se especialmente as palavras de Jesus: Jo 14.16,17; 15.26; 16.7,8; Mt 12.31,32; At 5.3,9; 7.51; Rm 8.14; 1Co 2.10; Hb 3.7).

O Espírito procede do Pai e do Filho   (Gl 4.6; 1Pe 1.11). É Ele tanto "o  Espírito de Deus" como "o Espírito de Cristo" (Rm 8.9).

E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação, e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem, é ainda Aquele que pode ser negado, entristecido e apagado (Ef 4.30; 1Ts 5.19).

Dicionário Bíblico Universal
 
 O assunto sobre os dons espirituais nos faz dividir seu estudo em três partes: O Batismo no Espírito Santo; A Especificação de cada um dos Dons; A Unidade do Corpo de Cristo (Igreja).

Os dons espirituais são concedidos aos crentes mediante o batismo no Espírito Santo, por este motivo iremos estudar de início sobre este batismo.

Este estudo completo visa esclarecer a visão pentecostal sobre os dons do Espírito, e suas funcionalidades, bem como sua contribuição para a obra de Cristo aqui na terra até a sua vinda, ou seja a sua segunda vinda.

Os pentecostais baseiam-se na Bíblia Sagrada como única fonte de regra e fé, mas também consideram a experiência produzida pela operação do Espírito Santo, obviamente abaixo da Bíblia.

Vejamos agora algumas características das verdades pentecostais:

- Atuais - as verdades pentecostais são também para os nossos dias(At 2.39). Ainda hoje, todo aquele que pedir esse poder o receberá, desde que o peça com perseverança(Lc 11.9-13), obediência(At 5.32) e fé(Jo 7.37-39).
- Experimentais - Na Igreja primitiva, o derramamento do poder ocorria de três formas: ‘De repente’(At 2.1-4); ‘pela imposição de mãos’(At 8.15-18), e ‘pelo poder da Palavra’(At 10.44-46; 9.17; 18.1).

Para muitos estudiosos, o batismo no Espírito Santo, e os dons espirituais, eram somente para a Igreja primitiva, muito se enganam, pois um dos fatos que contradizem estas teorias, é o caso ocorrido em 9 de abril de 1906, na cidade de Los Angeles, estado da Califórnia EUA, um pastor de nome Willian J. Seymour e mais sete irmãos de sua Igreja foram batizados no Espírito Santo, depois de uma busca incessante da promessa.

A manifestação do poder de Deus foi tão grande, que onde eles estavam ficara muito pequeno, e a partir daí alugaram uma igreja abandonada, na rua Azuza, nº 312, onde foi fundada a missão Evangélica da Fé Apostólica. Nesta, os dons se manifestavam de maneira abundante.

Tomando conhecimento deste avivamento, dois homens Daniel Berg, e Gunnar Vingren também buscaram este avivamento e receberam-no de forma gloriosa, então se conheceram e receberam a orientação de Deus para virem ao Brasil evangelizar, foi quando em 18/06/1911 chegaram ao Brasil, mais especificamente em Belém do Pará, onde fundaram as Assembléias de Deus.

Este é apenas um exemplo do Batismo no Espírito Santo em nossos dias...
Iremos agora entrar no assunto sobre o Batismo no Espírito Santo.

Batismo no Espírito Santo
“porque na verdade João batizou com água,
mas vós sereis batizados com o espírito Santo,
não muito depois destes dias” Atos 1.5

O batismo no Espírito Santo é uma das doutrinas principais das Escrituras, como vemos em At 1.4 – “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.” - O prometido dom do Pai (Jl 2.28-29; Mt 3.11) é o batismo no Espírito Santo(At 1.5). Este batismo “com” ou “no” Espírito Santo não pode ser confundido com o recebimento do Espírito Santo na ocasião da regeneração, pois veja que no mesmo dia em que Jesus ressuscitou ele assoprou sobre os seus discípulos e disse: “Recebeis o Espírito Santo” (Jo 20.22), depois Ele lhes disse que também deveriam ser revestidos de poder pelo Espírito Santo(Lc 24.49; cf At 1.5,8), portanto são duas obras distintas do Espírito, muitas vezes separadas por um período de tempo, e que o batismo no Espírito Santo é uma experiência subseqüente à regeneração.


O que é o Batismo no Espírito Santo ?


Ao contrário do que muitos tem dito sobre este batismo, ele não significa:
- Salvação: Os discípulos já eram salvos antes do Pentecostes (Lc 22.28; 10.20; Jo 13.10; 15.3), restava-lhes porém serem revestidos de poder.
- Santificação: Embora o Espírito promova a santificação na vida do crente (Gl 5.16-18, 24-26), isso não tem nada a ver com o batismo no Espírito Santo, a pessoa pode ser santificada e cheia do fruto do Espírito (Gl 5.22), e mesmo assim não ser batizada no Espírito Santo.
- Alegria: A salvação traz alegria no coração do ser humano (Rm 14.17), porém, sentir grande alegria, ou emoção, não significa que o crente haja sido batizado no Espírito Santo.
Mas o que seria então este batismo no Espírito Santo?
- É uma promessa do Pai, desde o AT , onde falaram à respeito: Salomão(Pv 1.23), Isaías (Is 28.11), Joel(Jl 2.28-32), Zacarias(Zc 12.10).
- Revestimento de poder, temos aqui uma das expressões que definem o derramamento do poder do alto em nossas vidas: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49).


Como receber este batismo?


A única condição prévia para essa experiência é a conversão e única exigência é a fé, focalizando isso na oração, submissão e a atitude de expectativa, mas essas condições não são acréscimos à salvação. “As condições que acabamos de mencionar são melhor entendidas, não como exigências adicionais além da simples fé, mas como expressões dessa fé ”. Sobre a fé, a oração, a entrega e a expectativa, elas meramente produzem o contexto – atmosfera – em que o batismo no Espírito Santo é recebido.
Portanto, o batismo não está vinculado a mérito , pois é um dom de Deus (At 10.45), e nem a métodos, pois o Espírito opera como o vento; o importante mesmo é a posição do coração: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”(Jr 2913).

Conclusão, para receberdes o batismo no Espírito Santo, pois é para todos(At 2.38), aí vai a dica, mas não se esqueça, não é um método:
1. Arrependa-se;
2. Seja Obediente;
3. Busque com perseverança.


O propósito do batismo no Espírito Santo


O batismo no Espírito Santo tem algumas principais finalidades, assim como:
- Capacitação para o serviço: capacita o crente a pregar(At 1.8) com autoridade celestial(At 4.13). Uma grande mudança operou-se na vida dos discípulos depois de eles terem recebido o poder do alto. Tão logo foram batizados no Espírito Santo, colocaram-se de pé para proclamar o Evangelho de Cristo (At 2.2,14): “e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados... Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.”
- Novo dimensionamento espiritual: o batismo proporciona aos crentes a visão dos perdidos e necessitados(At 16.9; 18.9-11); incentivo à conquista de outras bênçãos.
- Aprofundamento da comunhão com Deus: (1 Co 14. 2,4,15,17 ).

Portanto, acreditamos firmemente que o propósito primário do batismo no Espírito Santo é o poder para o serviço: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”(Lc 24.49); “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8). A igreja precisa do poder dinâmico do Espírito para evangelizar o mundo de modo eficaz e edificar o corpo de Cristo. Mas fica um alerta, portanto não seja o falar em línguas o propósito ulterior ou razão pela qual a experiência deve ser desejada, mas a necessidade do poder sobrenatural para testemunhar e servir.
Mas enfim, porque em uma apostila sobre os “Dons Espirituais” estamos falando sobre o batismo no Espírito Santo? Simples a resposta, “esse batismo é a entrada para os numerosos ministérios no Espírito, chamados dons do Espírito, inclusive muitos ministérios espirituais.”
Vejamos agora os Dons Espirituais.

Dons Espirituais
“Acerca dos dons espirituais, não quero,
irmãos, que sejais ignorantes” 1Coríntios 12.1

Os dons espirituais não cessaram com a ultimação do Novo Testamento, ou seja quando o Novo testamento foi completado, mas mesmo assim muitos eruditos dizem que estes dons foram especialmente para os primeiros cristãos, mas isto não vem ao caso neste momento. Neste contexto dividimos os dons em: ordinários e os extraordinários, os ordinários são os de natureza comum, como por exemplo, o dom musical, aquele que tem facilidade no relacionamento com a música; e os extraordinários são aqueles citados em 1 Co 12.8-10 – (1) Palavra da Sabedoria; (2) Palavra do Conhecimento; (3) Fé; (4) Curas; (5) Operação de milagres; (6) Profecia; (7) Discernimento de espíritos; (8) Variedade de línguas; (9) interpretação de línguas, portanto sobrenatural, concedidos por Deus através do Espírito Santo.
Teologicamente, definiremos dom partindo de sua origem que se encontra no grego charisma, que significa “donativo de caráter imaterial, dado de graça”, portanto, os dons são capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja.


Divisão dos dons


A maioria dos estudiosos classificam os dons de 1Co 12.8-10 em três categorias:
- Elocução – Profecia, Variedade de línguas, Interpretação de línguas;
- Inspiração – Sabedoria, Ciência, Discernimento de espíritos;
- Poder – Fé, Operação de maravilhas, Cura.
Trata-se de uma divisão conveniente e lógica, mas com base no emprego da palavra grega heteros (“outro de tipo diferente”) por duas vezes em 1Co 12.6-8 podemos ver os dons divididos em três categorias assim:
- Dons de Ensino(e Pregação) – Palavra de Sabedoria, Palavra de Conhecimento;
- Dons do Ministério(à Igreja e ao Mundo) – Fé, Dons de Curar, Operação de maravilhas, Profecia, Discernimento de espíritos;
- Dons de Adoração – variedade de línguas, Interpretação de línguas.
Independentemente, qualquer uma das divisões está correta.


Especificação dos dons


Veremos agora a especificação dos dons individualmente, não esquecendo que os dons são concedidos aos crentes (já batizados no Espírito Santo) através de súplicas, jejuns, orações e muita perseverança.

1) Dom da Palavra da Sabedoria (1Co 12.8) – Manifestação sobrenatural da sabedoria de Deus. Não se trata do resultado de qualquer esforço humano em se conhecer a sabedoria divina (1Co 2.4,6), nem tão pouco de nosso crescimento espiritual. É um dom de Deus. É uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22), não é comum para o dia a dia, pois não se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e sua Palavra, ou pela oração. (Tg 1.5-6). Os que receberam este dom não significa que são mais sábios que os outros. Jesus prometeu aos seus discípulos: “boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem” (Lc 21.15). Esse dom vai além da sabedoria e preparo humano. Mas é preciso salientar que a sabedoria se divide em três tipos:
a) Sabedoria humana – Lc 14.28-33; 1Co 2.6
b) Sabedoria satânica – Tg 3.14-16
c) Sabedoria Divina – Tg 3.17; 1Co 2.7

2) Dom da Palavra do Conhecimento (1Co 12.8) – capacidade sobrenatural que propicia uma visão além da esfera material. É a penetração na ciência de Deus (Ef 3.3). Mesmo que muitos confundam a sabedoria e o conhecimento (ciência), há uma diferença entre as duas: sabedoria – é o conhecimento em ação; ciência – é o conhecimento em si. Mas de acordo com a Bíblia a sabedoria e a ciência devem andar juntas (Ef 1.17-19). Uma característica deste dom é que ele também é uma mensagem vocal , inspirada pelo Espírito Santo, porém, revelando conhecimento à respeito de pessoas, de circunstâncias ou de verdades bíblicas, freqüentemente este dom está relacionado com o da profecia (At 5.1-10). Podemos identificá-lo no conhecimento que Pedro teve da mentira de Ananias e Safira, e na proclamação da sentença contra Elimas, feita por Paulo.

3) Dom da Fé ((1Co 12.9) – Na verdade existem três tipos distintos de fé:

- Fé natural: Leva a pessoa a acreditar em qualquer coisa examinada à luz da razão (Tg 2.19; Jo 20.29);
- Fé salvadora: É através dessa que passamos a crer no Senhor para nossa salvação, é definida como um dom de Deus (Ef 2.8). Há que se mencionar ainda, a fé como fruto do Espírito (Gl 5.22)
- O dom da Fé (1Co 12.9): Este é o dom dado pelo Espírito Santo que está incluído na lista dos nove citados por Paulo. É a capacidade, ou faculdade de se confiar em Deus de modo sobrenatural, manifesta-se apenas em ocasiões especiais, é concedido somente a algumas pessoas, visando a consecução de obras extraordinárias em tempos de crise, desafio e emergência (1Co 12.29). Um exemplo típico é o de Elias contra os profetas de Baal (1Rs 18.33-35). É a fé que remove as montanhas, e esta opera em conjunto com outras manifestações do Espírito tais como as curas e os milagres (Mt 17.20).

4) Dons de Curas (1Co 12.9) – É um assunto mais complexo, porém, mais emocionante de se tratar. Pra começar definiremos o que é cura divina: ela nada tem a ver com os esforços médicos, cuja utilidade é reconhecida pela Bíblia (Mt 9.12), é a atuação sobrenatural de Deus sobre o corpo humano, livrando-o de todo o tipo de enfermidade, pois é uma promessa divina (Is 53.4). Mas se há cura, é porque há também as enfermidades, mas de onde elas vêm? Elas podem vir nos afligir de vários maneiras: a) pela natureza pecaminosa do homem (Gn 3.14-19); b) as doenças naturais ( 1Tm 5.23); c) possessão demoníaca (Lc 13.11); d) provação (Jó 2.7); e) participação indigna na ceia (1Co 11.29-30); f) para manifestar a glória divina (Jo 9.1-7); g) outras causas. Mas a cura pode vir de várias formas como nos diz a Palavra de Deus: a) em nome de Jesus (Jo 14.12); b) pela imposição de mãos (At 19.11); c) pela oração da fé (Tg 5.14-15). Uma curiosidade à respeito dos dons de cura, é que é o único dom que está no plural “dons”, indicando curas de diferentes enfermidades. Esses dons não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo, todavia, eles podem orar pelo enfermos, havendo fé, os enfermos serão curados. Mas nunca devemos esquecer, a glória tem que ser dada exclusivamente à Deus.

5) Dom de operação de Maravilhas (1Co 12.10) – É a capacitação sobrenatural que o Espírito Santo concede a Igreja de Cristo para que esta realize sinais, maravilhas e obras portentosas, incluindo algumas como: a) ressurreição de mortos (Lc 7.11-17); b) castigos (At 13.7-12); c) intervenção nas forças da natureza (Ex 14.21); incluindo os atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2)

6) Dom de Profecia (1Co 12.10) – Entre os dons espirituais, a Bíblia aponta o dom de profetizar como o mais importante dom do Espírito Santo (1Co 14.1,39). Sua finalidade é edificar, exortar e consolar. O dom de Profecia é a habilidade sobrenatural de se transmitir a mensagem de Deus através da inspiração direta do Espírito Santo (2Pe 1.21). Infelizmente vemos hoje poucas manifestações desse dom. Mas ainda assim existem alguns profetas em nossas igrejas. Mas qual a finalidade desse dom? Quatro são suas principais finalidades: a) Edificação (1Co 3.4,12,17); b) Exortação (At 11.23; 14.22); c) Consolação (Dt 31.8); d) Sinais para os incrédulos (1Co 14.22-25). É preciso saber distinguir a profecia mencionada por Paulo em 1Co 12, com a manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na Igreja, mencionado em Ef 4.11. Um exemplo típico do dom espiritual da profecia encontramos em At 15.32.

7) Dom de Discernimento de espíritos (1Co 12.10) – Capacidade sobrenatural de se distinguir as várias fontes das manifestações espirituais. Vivemos em um mundo hoje onde existem imitações, enganos e falsificadores de todo o tipo (At 5.1-11). Através desse dom, podemos discernir tais coisas, e ver se estas realmente procedem de Deus. É um dom de Deus, apropriado para uma ocasião específica, sem o qual a Igreja seria presa fácil de falsos mestres, ensinadores de heresias e de manifestações antibíblicas. Por ser mencionado imediatamente após a profecia, muitos estudiosos o entendem como um dom paralelo responsável por “julgar” as profecias (1Co 14.29).

8) Dom de Variedade de Línguas (1Co 12.10) – É um fenômeno através do qual o Espírito Santo conduz o crente a falar uma ou mais línguas, de forma miraculosa. Suas utilidades são de: a) evidência do batismo no Espírito Santo (At 2.1-8); b) como edificação individual (1Co 14.4); c) como mensagem profética se associada ao dom de interpretar (1Co 14.13). Através do dom de línguas o Espírito Santo toca em nosso espírito.

9) Dom de Interpretação de Línguas (1Co 12.10) – Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (At 14.6,13,26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou outra pessoa.

Um só corpo, muitos membros
“Ora, vós sois o corpo de Cristo e
Seus membros em particular” 1Coríntios 12.27

Os dons são dados à igreja para a sua própria edificação (1Co 14.12), levando-a a manter e a desenvolver sua unidade no corpo de Cristo (Ef 4.4-6). Podemos ver isso através dos ministérios espirituais, e dons espirituais. O objetivo da Igreja como o corpo de Cristo é executar as ordens da cabeça, o próprio Cristo. (Ef 4.16). Paulo, desde o momento da sua conversão, na estrada de Damasco, notou que perseguir a Igreja era perseguir o próprio Jesus Cristo (At 9.4), por isso temos a sublime vocação e obrigação de dedicar as nossas vidas uns aos outros. “O mundo derruba e desfaz tudo. Os cristãos edificam” . Mas para fazermos assim, nós mesmos precisamos ser edificados primeiro. Falar em línguas edifica a nós pessoalmente (1Co 14.4), mas se buscarmos somente a nosso edificação pessoal, ficaremos espiritualmente como esponjas que absorvem a água sem passa-la adiante. Precisamos esforçarmos para edificar outras pessoas (Ef 4.29). A edificação deve ser o alvo supremo da Igreja no uso dos dons. O povo de Deus deve apoiar-se mutuamente, perdoar e estender a mão uns aos outros. Devemos alegrar-nos com os que se alegram, chorar com os que choram (Rm 12.15). Na realidade os crentes pertencem uns aos outros. Efésios 4.16 demonstra o ponto culminante da empatia: ‘O Corpo se edifica em amor, à medida que cada ligamento de apoio recebe forças de Cristo a cumpre a sua tarefa’. Todos temos personalidades, temperamentos e ministérios diferentes, mas à medida que aprendermos a respeito dos outros, começaremos a dar valor a eles, a honrá-los e a crescer na comunhão. Pra finalizar, deixo alguns versículos escritos por Paulo em 1Coríntios 12.12-27 :

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“12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?
16 E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?
17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
18 Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
20 Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.
21 E o olho não pode dizer a mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.
22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.
23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.
24 Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,
25 para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.
26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.
 

Andando com o Espírito
 “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde”...  Mt.11:29-30  
Vida no Espírito é lago que se renova a cada manhã. Infelizmente, hoje existem pessoas sobrecarregadas e até mesmo dentro da igreja. Sobrecarregadas por: circunstâncias, problemas, etc... Deus quer nos liberar de toda carga através desta vida no Espírito. (Gl 5.25-26)
COMO FAZER PARA NÃO DEIXAR DE ANDAR NO ESPÍRITO?
1) SENDO FERVOROSO NO ESPÍRITO – RM.12:11 – SERVINDO AO SENHOR.
Ser fervoroso no Espírito é ser apaixonado pelo Senhor e o seu propósito.

• Infelizmente, hoje a Igreja tem perdido esta paixão.
2)  COMO A IGREJA TEM PERDIDO ESTA PAIXÃO?
A) Quando nós deixamos as coisas preciosas ser tornarem coisas comuns.
• Hoje em dia o diabo tem tirado o valor de tudo o que tem valor para Deus – Jo.10:10
• O povo de Deus sempre foi conhecido pela sua alegria em toda história.
• A igreja perdeu o fervor na humanização

B) Quando começamos a depender das coisas externas, de fora, e não do fluir verdadeiro de Deus – Jo.4:23-24
• Para os filhos de Deus a base  de tudo tem que vir de DEUS, Ele é a única fonte dentro de nós
• Somos o seu templo, e temos que viver como tal
• A cada manhã temos que acordar cheios do Espírito

3) VIVEMOS EM UM MUNDO APÁTICO = RM 12:1-2• A apatia vem sobre nós quando nós nos conformamos com a situação.
• Temos que tomar muito cuidado com os nosso filhos

4) A IGREJA TEM PERDIDO A VISÃO DO PROPÓSITO DE DEUS, ELA PERDEU O ALVO.• Uma Igreja que vê o propósito de Deus com clareza é uma Igreja fervorosa – (Num.13:14)
• Os que perdem o alvo morrem no deserto.
• O alvo de Deus deve estar estampado em nós.
• Hoje em dia a Igreja tem se voltado mais para a estrutura do que para as vidas.

5) PORQUE O FERVOR É TÃO IMPORTANTE?R: Porque ele é primordial na vida da Igreja, é uma prioridade.
Líderes, pastores, músicos, cada serviço deve ser  realizado com paixão a  Deus. Amor e paixão pelo os irmãos – (Jo.13:34-35)
• Não podemos fazer a obra de Deus sem paixão!
• Deve ser uma  prioridade na minha vida o que eu amo. Temos que observar na vida dos discípulos o que é prioridade.
• O que queima por dentro deve fazer diferença por fora
• O que queima por dentro você sente o cheiro por fora, e o cheiro deve ser o cheiro de Cristo.
• Eu sei o quanto custou o preço da minha vida para Jesus.
• Eu não devo ficar preocupado em ser o melhor, mas em dar o melhor para Deus, o melhor para o Senhor da minha vida.
• Ser apaixonado por tudo aquilo que Deus ama.

COMO RESTAURAR A PAIXÃO PELO O MOVER?
1) OLHANDO PARA JESUS – É IMPOSSÍVEL ALGUÉM OLHAR  PARA JESUS E NÃO FICAR APAIXONADO POR ELE . – EF.5:14/ HEB.12:2/ II COR.3:18• Nós contemplamos o Senhor Jesus, contemplando o verbo = a palavra.
• Contemplar Jesus é contemplar a palavra de Deus.
• Podemos contemplar Jesus olhando para os nosso irmãos – Mt.18:20

2) PODEMOS RESTAURAR A PAIXÃO RETORNADO AO PRIMEIRO AMOR.• Deve ser uma prioridade – Ap. 2:4
• Voltar ao primeiro amor fala de valores que se perderam
• Temos que resgatar os valores perdidos
• Primeiro amor é comunhão com Deus

3) DEIXE O ESPÍRITO SANTO ATIVAR OS SEUS DONS. • Muitos não aprendem a desenvolver os seus dons – Ef.4:8
• Muitos enterraram os seus dons
• Temos que ajudar cada discípulo a desenvolver os dons
• Cada um tem um dom pelo menos – I Pe.4:10
• A partir do natural Deus dá o sobrenatural

4)  FAÇA TUDO, AINDA QUE SEJA POUCO, FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS• Identifique os dons
• Santifique
• Deus unge tudo isso
• Submeta os seus dons ao corpo
• Submeta os seus dons aos líderes
• Submeta os seus dons a palavra de Deus

- Não agrada a Deus o enterrar os talentos – Mt.25:14-30
- A Igreja deve ser um lugar onde os dons precisam ser despertados

5) VIVA E ANDE PERTO DE GENTE APAIXONADA POR DEUS.• Jovens, olhem para pessoas apaixonadas por Deus
• No trabalho, seja sócio de pessoas apaixonadas por Deus

6) NUNCA SE ESQUEÇA DE TUDO O QUE DEUS FEZ POR VOCÊ     
• Um exemplo negativo – o povo de Israel – Num.12 e 14
• Sl.103 – Seja sempre grato ao Senhor por tudo, e nunca se esqueça do que Ele  já fez por você.

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