IMPORTANTES ENSINAMENTOS BÍBLICOS

 ENSINOS SOBRE DEUS, CRISTO E O ESPÍRITO SANTO.
No estudo da teologia é pesquisado conjuntamente os ensinamentos de Deus, de Cristo e do Espírito Santo. Entendê-los é uma oportunidade para aqueles que se dedicam ao estudo da Bíblia.
 


l. O ENSINO SOBRE DEUS. O estudo que é dirigido ao conhecimento de Deus chama-se "teologia", e trata sobre a existência, a personalidade e a natureza de Deus.

a. A existência de Deus. No início do livro de Gênesis que trata da criação, encontramos a expressão: "No princípio criou Deus..." (Gn 1:1). Esta verdade é aceita pela fé, sobre Sua existência segundo o que está escrito na Bíblia. Não é uma fé sem base, mas que tem seus fundamentos nas Escrituras. (Hb.11:5,6 ).

b. A personalidade de Deus - Os vários pronomes pessoais que encontramos na Bíblia são prova da sua personalidade. (Jo 17:3; SI 116.1,2); lhe são atribuídas características pessoais, tais como: tristeza (Gn 6:6), ira (Nm 11:1; 12.9; Rm 1:18), zelo (Dt 6:15), amor (Rm 5:8) e abominação (Pv 6:16); na forma que Ele lida com o homem como criador de todas as coisas. (Gn 1:1), como Sustentador de tudo (Is 40:22-29; 41:13-20), como Abençoador de todos (Mt 5.45; 10.29,30), como Governador e Dominador das atividades do homem. (Is 40.10-15; 41.1-12), como Pai de seus filhos espirituais (Gl 3:26).

c. A natureza de Deus. A natureza de Deus abrange os Seus atributos naturais e morais, quais sejam: vida (Jo 5:26), espiritualidade (Jo 4:24), imutabilidade (Tg 1:17), eternidade (Dt 33:27; SI 90.2), onisciência (l Sm 16:7; At 15:8), onipotência (Gn 17:1; Jó 42:2), onipresença (SI 139.7-12), veracidade (Nm 23:19), fidelidade (Jr 1:12), conselho (Ef 1:11; Is 40:13,14), e santidade
(Is 6:3).


2. O ENSINO SOBRE CRISTO. Em teologia o estudo sobre a Pessoa de Cristo, é chamado de Cristologia, abrangendo os seguintes temas:

a. A humanidade de Cristo. A humanidade de Cristo é confirmada pela sua estirpe humana (Gl 4:4; Rm 1:3); por seu crescimento e progresso naturais (Lc 2:40,46,52); por seu aspecto particular (Jo 4:9); por sua natureza absoluta (Mt 26: 2,38; Lc 23:36); pelos seus limites humanos sem pecado (Jo 4:6; Mt 8:24; 21,18); pelos nomes humanos que Lhe foram atribuídos, por Ele mesmo ou por outros (Mt 1:21; Lc 19:10; At 2:22; Mt 21:11; l Tm 2:5); pelo relacionamento que Ele mantinha com Deus (Mc 15:34; Jo 20:17).

b. A divindade de Cristo. As Escrituras confirmam a confiança na divindade de Cristo, quando afirma que Ele é Deus (Jo 1:1), Onipotente (Ap 1:8), Eterno (Jo 8:58), Criador (Jo 1:3). Características intrínsecas a Deus Pai tem relação simétrica com Cristo, evidenciando sua natureza e divindade.

c. O caráter de Cristo. Cristo tem recebido aprovação e o conselho não somente de Deus Pai, como também dos anjos, e da parte de espíritos demoníacos há declarações de que Ele é o Santo de Deus. A Bíblia asseguradamente dar-Lhe a conhecer como: santo (l Jo 3:3,5), amoroso (Jo 13:1), manso e humilde (Mt II:29).

d. A obra de Cristo. A missão de Cristo na terra, concluída em sua morte, foi precisa por causa da santidade e do amor de Deus (He 1:13; Jo 3:16); por causa do pecado do homem (I Pe 2.24); por causa da concretização das Sagradas Escrituras (Lc 24:25-27). O propósito de Deus tornou-a necessária
(At 2:23).

e. A ressurreição de Cristo. A ressurreição física de Jesus Cristo é o firme fundamento do Evangelho e da nossa fé (l Co 15:17).

3. O ENSINO SOBRE O ESPÍRITO SANTO. Na verdadeira Teologia, o ensino sobre o Espírito Santo é conhecido como: pneumatologia, e examina entre outros, os seguintes temas:

a. A natureza do Espírito Santo. Na análise da natureza do Espírito Santo, enfatiza-se a sua personalidade. Sendo uma pessoa, é chamado no âmbito Bíblico como: Espírito de Deus (l Co 3:16; Gn 1:2); Espírito de Cristo (Rm 8:9); Espírito Santo (At 1:5); Espírito de Vida (Rm 8:2); e Espírito de Adoção (Rm 8:15,16; Gl 4:5,6).

b. A obra do Espírito. O cristão convertido é particularmente submetido à ação do Espírito Santo que nele opera regenerando-o (Jo 3:3-6), incluindo-o no corpo de Cristo através do batismo (l Co 12:13; Ef 4:1-16,30), morando nele
(l Co 6:15-19), dando-lhe força (Ef 3:16), enchendo-o dos seus benefícios
(Ef 5:18- 20).


II. O ENSINO SOBRE OS ANJOS, O HOMEM E O PECADO.

1. Sobre os Anjos. De conformidade com a Bíblia, Deus criou os anjos: (Ne 9:6; Cl 1:16) superiores aos homens (SI 8:4,5) e em quantidades incontáveis (Jó 25:3;Dt 33:2; Ap 5:11; Dn 7:10) Eles não devem ser adorados (Ap 22:9; 19:10;Cl 2:18), porquanto estão sob a autoridade de Cristo (Ef 1:20,21; Fp 2:9-11). No fim dos tempos, anjos bons e maus participarão decisivamente nos acontecimentos finais. Na vinda de Cristo em Glória, os bons, se manifestarão (Mt 24:30,31) contribuindo na ressurreição dos mortos (l Ts 4:16), na reunião dos chamados, na colheita final, no julgamento de todos os povos e na destruição cabal do pecado (Mt 13:39-42). Os anjos maus, comandados por satanás, trarão sofrimento e agonia aos homens, e por fim serão lançados no inferno de chamas eternas (Mt 25:41; Ap 20:10).

2. Sobre o homem. Diante do que a Bíblia diz, o homem é criatura de Deus, formado a Sua imagem e semelhança (Gn 1:26). O homem é um ser tricotômico, isto é, dotado de espírito, alma e corpo (l Ts 5:23). O homem foi criado incorruptível, (Ec 7:29) qualidade da qual caiu por causa da desobediência no Éden. Então, o homem foi designado para viver no mundo (Gn 2:7), para amar o próximo (Gn 2:18), para o domínio da Criação (Gn 1:27- 30), para a consagração a Deus (SI 8:5-9;-96; 98)

3. Sobre o pecado. A Bíblia mostra que a origem do pecado da raça Humana na História foi a violação espontânea de Adão à ordem de Deus no Paraíso. Ele deixou-se influenciar pelas sugestões de satanás, de que, agindo contrário a orientação de Deus, iria tornasse igual a Ele. Ouvindo e fazendo conforme Deus havia proibido, Adão trouxe a maldição do pecado sobre todos os homens (Gn 3:1-6; Rm 5:12,18,19). De acordo com os ensinos bíblicos o pecado é a inclinação da carne e inimizade contra Deus (Rm 8:7); é universal (Rm 3:23; 5:12); o pecado é uma ofensa direta à pessoa de Deus, e tem lugar de origem antes de tudo no coração do homem (Mt 5:27, 28; 15:19).


III. ENSINO SOBRE A SALVAÇÃO, A IGREJA E AS ÚLTIMAS COISAS.

1. Sobre a salvação. A salvação do homem é o assunto principal de toda a Sagrada Escritura. De forma que possa tornar compreensível este assunto da salvação, a Bíblia a expõe do seguinte modo:
a) a salvação é uma ação divina e não do homem (Rm 6:23).
b) somente Jesus é capaz de salvar o pecador (Lc 19:10).
c) a salvação é alcançada pela graça de Deus e não por obras humanas (Ef 2:8-10).
d) a salvação compreende espírito, alma e corpo do homem; (1 Ts. 5:23).
e) a salvação é para a eternidade (Rm 5:1; l Ts 5:23; Cl 3:4).
f) a salvação é fruto da fé em Cristo (Rm 1:16, 17; 10.9,10 17; Gl 3:1-11, 22,26).
H) a Trindade Divina coopera com o pecador na sua salvação (Jo. 14:26; 15:26).

2. Sobre a Igreja. A Igreja é constituída excepcionalmente de pessoas que passaram pelo novo nascimento na ação do Espírito Santo e da Palavra de Deus (Jo 3:5), para que através dela o Senhor Jesus efetue a sua obra neste mundo (Ef 4:11-16). O ensino da Igreja por meio das Escrituras pode ser sintetizado da seguinte forma:
a) O vocábulo "igreja", aplicada em seu significado universal, assinala o corpo de Cristo (Rm 12:5);
b) A Igreja universal é apresentada como lugar da habitação de Deus (Ef 2:22; l Pe 2:5);
c) A Igreja universal dos salvos é a noiva de Cristo (Ap 21:2).
d) a Igreja é um ambiente composto apenas de pessoas regeneradas. É indispensável o aprimoramento da Igreja através de cada um de seus componentes. Por isso é que Cristo conferi dons aos homens para a edificação da Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres, e etc. (Ef 4:11-16). Desta forma, por meio de diversas atuações de seus ministros, Deus aperfeiçoa a sua Igreja em todos os seus aspectos..

3. Sobre as últimas coisas. Para o discípulo de Jesus, os tempos vindouros resguardam-lhe uma excelente perspectiva - a segunda vinda de Cristo, de duas formas: inicialmente, o arrebatamento dos que foram salvos, envolvendo todos aqueles que morreram em Cristo, também os que estiverem vivos que fielmente o esperam (l Ts 4.16,17); e segundo, o seu aparecimento em glória seguido de seus anjos e santos que foram arrebatados, para cumprir o juízo sobre as nações e iniciar o Milênio sobre a Terra (Mt 24.37-39; 25.31-46; 2 Pe 3.10-13; Ap 20.4-7).
Jesus afirmou que ninguém aqui na terra, nem mesmo os anjos do céu, sabe a data e hora em que esse evento acontecerá. O que temos é a certeza de que Ele não tardará. Todos os sinais adverti que a vinda de Cristo e a redenção dos filhos de Deus já se aproxima (Lc 21.28).
  
 

HISTÓRIA DA BÍBLIA - INFORMAÇÕES BÁSICAS

Por um bom período da História, a leitura da Bíblia foi vetada aos leigos, sendo consentida apenas para o clérigo, os quais estabeleciam as leis para a igreja como desejavam.
Após a Reforma, proposta por Martinho Lutero, os protestantes passaram a fazer uso dela e torná-la pública. Por um tempo em nosso país, eram as Bíblias confiscadas e perseguidos todos os que a possuíam. Hoje, muitos têm descoberto o valor do seu uso.
A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso. Ela é uma coleção de escritos, considerados pela Igreja cristã, como inspirados por Deus (II Tm 3:16a). O termo "Bíblia" é de origem grega e quer dizer "livrinhos".


O QUE SIGNIFICA BÍBLIA?

O termo "Bíblia", não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion", e vários destes era uma "bíblia". Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer "coleção de livros pequenos". É consenso geral entre os teólogos que o nome Bíblia, foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no IV Século da nossa era.
Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O Livro, isto é: O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como O Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é "A revelação de Deus à humanidade".


ANTIGO TESTAMENTO.

È a primeira parte da Bíblia, que inicia com o livro de Gênesis e finda com o livro de Malaquias, também chamado de antiga Aliança. O que é aliança? Acordo que Deus, por causa do seu amor fez com o seu povo. Esta aliança (trato, pacto, contrato, concerto, união) tem como base o seguinte: Deus, cumprindo a sua Palavra que foi dada como promessa aos patriarcas, era o Senhor da nação de Israel, e este era o seu povo. Ele estendia a sua benção sobre o povo, e este por sua vez andava em obediência a Ele. O termo "testamento", sendo usado para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". No AT vemos Deus se revelando ao povo de Israel, na expectativa da vinda do Messias, O Salvador prometido, o que havia sido designado por Ele como o Ungido que viria na Plenitude dos tempos, no momento certo para Deus agir, trazendo libertação ao povo da Lei e da escravidão do pecado.

COMO O VELHO TESTAMENTO ESTÁ ORGANIZADO?

O Velho Testamento é constituído por 39 livros divididos em cinco partes:

Livros da Lei – Pentateuco – Trata da criação.

1. Gênesis - Fala da origem de tudo, do pecado e de suas conseqüências.
2. Êxodo - Fala da libertação do povo hebreu do Egito, da caminhada no deserto, e da chegada do povo de Israel à terra de Canaã.
3. Levítico – É um registro das leis e dos mandamentos de Deus ao seu povo Israel.
4. Números – Narra a contagem dos israelitas.
5. Deuteronômio – É uma exposição dos discursos de Moisés.

Livros Históricos - falam da caminhada do povo israelita.

1. Josué
2. Juizes
3. Rute
4. I Samuel
5. II Samuel
6. I Reis
7. II Reis
8. I Crônica
9. II Crônica
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester

Livros Poéticos - são chamados poéticos devido ao seu gênero literário.

1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cantares

Profetas Maiores - por serem os livros mais extensos do que os outros.

1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações de Jeremias
4. Ezequiel
5. Daniel

Profetas Menores - por serem os livros menores.

Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias



O NOVO TESTAMENTO.

É a segunda parte da Bíblia, que tem seu início com o Evangelho de Mateus e o término com o Apocalipse. Diz respeito a nova Aliança. Em cumprimento à palavra que foi dada pelos profetas, Deus fez um novo trato, que teve sua confirmação na morte do Senhor Jesus na cruz. Ele perdoa os pecados do seu povo, este recebe o novo nascimento e certeza de sua salvação, e vive em dedicação a Ele e ao seu serviço. No NT Deus visa abençoar todos os povos. A vinda de Jesus Cristo, o Messias e Salvador foi realizada no tempo determinado por Deus, onde a igreja teve seu início, estabelecida sobre o fundamento do testemunho dos apóstolos.

COMO O NOVO TESTAMENTO ESTÁ ORGANIZADO.

O Novo Testamento é constituído por 27 livros divididos em quatro partes:

Biográficos - são os quatro evangelhos, sendo que os três primeiros são chamados sinópticos devido ao paralelismo que se apresentam.

1. Mateus: Foi escrito para atender aos judeus (genealogia).
2. Marcos: Foi escrito para atender aos romanos (Jesus como servo).
3. Lucas: foi escrito para atender aos gregos (Jesus como Filho de Deus ou do Homem).
4. João: Foi escrito para todos os povos (Jesus para o mundo).

Histórico - registra a história da Igreja Primitiva e a atuação do Espírito Santo nos seus primórdios.

1. Atos dos apóstolos: são os Atos do Espírito Santo na igreja emergente como alguém já sugeriu.


Epístolas Paulinas - são cartas dirigidas às igrejas ou aos indivíduos. Atribuídas geralmente a Paulo.

1. Romanos
2. I Coríntios
3. II Coríntios
4. Gálatas
5. Efésios
6. Filipenses
7. Colossenses
8. I Tessalonicenses
9. II Tessalonicenses
10. I Timóteo
11. II Timóteo
12. Tito
13. Filemon

Epístolas Gerais - são cartas universais atribuídas a vários apóstolos sendo que a de Hebreus, o autor é desconhecido.

1. Hebreus
2. Tiago
3. I Pedro
4. II Pedro
5. I João
6. II João
7. III João
8. Judas

Proféticos - também chamado de revelação das coisas dos últimos dias que deverão acontecer. É um livro apocalíptico.

1. Apocalipse

TAMANHO RELATIVO DA BÍBLIA.

Existem 1.189 capítulos na Bíblia: 929 no Antigo Testamento, 260 no Novo testamento. O capítulo mais longo é o salmo 119. O mais curto é o salmo 117 que também é o capítulo central da Bíblia. O verso mais longo é o de Ester 8:9. O mais breve é o de João 11:35. Visto que os capítulos não têm tamanhos iguais, são os números de páginas que mostram o volume relativo dos livros e não os capítulos.
Como encontrar as passagens bíblicas, era relativamente difícil, foi feita divisões em capítulos e versículos para facilitar a localização dos textos almejados. Foi o inglês Estévão Langton, arcebispo de Cantuária que fez a divisão em capítulos e foi realizada no ano de 1214. E a divisão dos capítulos em versículos foi feita no ano de 1551, pelo tipógrafo Roberto Stefano.


A ORIGEM DA BÍBLIA.

A Bíblia foi escrita por 36 autores em 16 séculos e em vários estilos literários e por homens santos inspirados por Deus. (2 Pe 1:21) A inspiração é a influência especial do Espírito Santo ao guiar alguns dos seus servos do passado para dizerem ou escreverem aquilo que Ele quis comunicar aos seres humanos. (2Tm 3.16; 1Pe 1:10-11; 2 Pe 1:19-21).


TODAS AS BÍBLIAS SÃO IGUAIS?

No Concílio de Trento em 1546, alguns livros foram acrescentados aos 66 já existentes. Por eles não terem os seus ensinos em harmonia com os livros reconhecidos como inspirados e por não constarem do original, não foram aceitos como canônicos, ou seja, não foram incluídos nos livros sagrados. São os chamados livros apócrifos. (Veja Ap. 22:18-19). Se analisarmos as Bíblias católica romana e protestante e fazendo um paralelo entre elas, notaremos que consta 7 livros a mais na Bíblia católica. Os apócrifos (secretos, espúrios ou misteriosos) que possuem um valor histórico de uma época, mas não canônico, ou seja, de uma revelação divina. São eles:

1. Tobias: Conta a história de Tobias, que era filho de um pai cego.
2. Judite: Narra a história dos judeus que foram livres do poder de Holofernes, general da Pérsia, por conta da audácia de uma mulher chamada Judite. Surgiu por volta do II século aC.
3. Sabedoria: Apresentação por meio de provérbios, ou seja, ditados, a sabedoria verdadeira e reta da gentílica ou iníqua e idólatra. Apareceu entre 50 a 10 aC.
4. Eclesiástico: É atribuída a este livro a Sabedoria de Jesus, filho de Siraque, idêntico ao livro de Provérbios. Apareceu em torno de 180 aC.
5. Baruque: Este, está dividido em três partes: confissão e arrependimento; exortativo e promessa de livramento. Apareceu no II século aC.
6. I e II Macabeus: Estes livros narram a revolução dos Macabeus pelo império romano em 167 aC.
7. Encontramos inclusão também aos livros de Daniel e Ester.





A BÍBLIA COMO REGRA DE FÉ

Breve Catecismo, pergunta e resposta 2: Que regra nos deu Deus para nos dirigir?
Resposta: A Palavra de Deus que se acha nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento é a única regra para nos dirigir na maneira de glorificar e gozá-Lo para sempre.


A BÍBLIA REVELA DEUS

É através da Bíblia que conhecemos a Deus. Ele se revela por meio das Escrituras. À medida que mergulhamos no rio da sua Palavra mais O conhecemos. Há duas maneiras pelo qual Deus se mostra ao homem:
1- Através da natureza, diz Davi no salmo 19:1 “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”. É inegável que a natureza manifesta Deus, pois qualquer homem levado à reflexão chega a conclusão de que alguém inteligente fez tudo isto.
2- Através da sua Palavra, João 5:39 “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam de mim”. Deus nos deu a sua Palavra antes de tudo para que O conhecêssemos e nisto Ele tem prazer. É um contra-senso o mísero ser humano se relacionando com O Todo Poderoso e O conhecendo, mas é verdade. Vejamos Jeremias 24:7 “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração”. É exatamente por meio do conhecimento das Escrituras que alcançamos coração novo e O conhecemos. Em Mateus 22:29 Jesus diz: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Não há como conhecermos a Deus sem conhecer a sua Palavra.


CRISTO É O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

Jesus é o centro da Bíblia. Tudo o que nela está escrito aponta para o Filho de Deus que veio ao mundo em forma de homem. Sua vinda é preparada no Antigo Testamento (antiga aliança); a realização acontece no Novo Testamento (nova aliança). Numa visão panorâmica os 66 livros podem ser vistos da seguinte forma:
1. Expectativa da vinda: O mundo é preparado para a vinda de Cristo através do Antigo Testamento.
2. A vinda do Messias: Os Evangelhos mostram Cristo ao mundo como o Salvador e Rei.
3. O desenvolvimento do Evangelho: A propagação de Cristo ao mundo é feita por meio da Igreja, registros esses que estão em Atos dos apóstolos.
4. A fundamentação do Evangelho: Os ensinos de Cristo são dados como base da Igreja nas Epístolas.
5. Conclusão do plano de Deus: O Apocalipse trata das núpcias de Cristo e a Igreja e o fim de todas as coisas.


PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

1. A Palavra de Deus é a luz para quem deseja encontrar a verdade: Sl 119.105; Jo 17:17.
2. Ela também é o alimento para a alma humana: Jr 15:16; I Pe 2:1-2.
3. É a forma pela qual Deus fala ao coração do homem: Ef 6:17


ENTENDENDO A BÍBLIA.

A Bíblia está dividida em dois volumes, o Novo e o Velho Testamento. Os volumes contêm vários livros, de vários tamanhos. Os livros são divididos em capítulos (os números maiores). Os capítulos são divididos em versículos que são os números menores.


COMO ENCONTRAR UMA CITAÇÃO BÍBLICA.

As citações bíblicas são os endereços das passagens que desejamos encontrar e seguem sempre a mesma ordem: Título do Livro (abreviado), Capítulo e Versículo. Exemplo: Mt. 5:23. Esta citação lê-se assim: Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículo vinte e três.

1. O ponto ( . ) ou dois pontos ( : ) separa o capítulo do versículo.
Exemplo: Mc. 2:8 = Evangelho de Marcos, capítulo dois, versículo oito.
2. A vírgula ( , ) indica um espaço entre os versículos. Neste caso, lê-se o número que vem antes e depois do ponto.
Exemplo: Tg. 4: 5,9 - Epístola de Tiago, capítulo quatro, versículos cinco e nove.
3. O traço ( - ) indica que devemos ler de um versículo até o outro.
Exemplo: Lc. 5. 10-15 - Evangelho de Lucas, capítulo cinco, versículos de dez a quinze. O traço pode também indicar uma seqüência de capítulos.
Exemplo: Jo 14:18-17, 20 - Evangelho de João, do capítulo quatorze, versículo dezoito, até o capítulo dezessete, e versículo vinte.
4. O ponto e a vírgula ( ; ) separam uma citação de outra, ou um livro de outro livro.
Exemplo: At. 1.5;16:14 - lê-se o versículo cinco do capítulo um e o versículo quatorze do capítulo dezesseis.
Outro exemplo: Jo 1:5; 1Ts 2:23: neste caso, deve-se procurar as duas citações pedidas, uma no Evangelho de João e a outra na primeira carta aos Tessalonicense.
5. Um esse “S” indica a leitura do versículo que vem em seguida ao citado.
Exemplo: Rm 7:5s - Cartas aos Romanos, capítulo sete, versículo cinco e seguinte, seis. Ou seja: Rm. 7:5s é igual a Rm. 7: 5-6.
6. Dois esses “SS” indicam a leitura dos versículos seguintes ao citado.
Exemplo: I Co 2:12ss = Primeira carta aos Coríntios, capítulo dois, versículos doze e seguintes, até onde estiver relacionado.
7. (a, b e c) é possível encontrar uma dessas letras depois da citação do versículo. Exemplo: Gl. 3:1a, lê-se a primeira parte do versículo um. E consecutivamente a letra b corresponde a segunda parte do versículo e a c a terceira. Um versículo pode está dividido em até três frases, desta forma é possível encontrar a frase desejada.
8. Quando o livro tem um só capítulo, omite-se a indicação do capítulo, e cita-se só o versículo.
Exemplo: Jd 4 - Carta de Judas, versículo quatro.
9. Quando o livro tem mais de um capítulo, o número que vem logo após a indicação do livro é a do capítulo.
Exemplo: Mt. 5 – Neste caso deve ser lido todo o capítulo cinco do Evangelho de Mateus.




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